Quem disse que a solução é esquecer a dor?
- Sensei Aline Keny
- 29 de jul.
- 2 min de leitura

Guardar mágoas é como tomar veneno que, mais cedo ou mais tarde, começa a lhe envenenar por dentro.
Vivemos buscando estímulos externos para “superar” o sofrimento. Ainda assim, você já parou para pensar: será que fugir da dor é mesmo o melhor caminho?
Corremos atrás de euforia, prazer, distrações. Criamos uma espécie de anestesia emocional… só que aquilo que não é elaborado com consciência permanece e, muitas vezes, se repete.
A dor tem um propósito, ela é um alarme, um alerta que nos chama para dentro (de nós mesmos), para olhar o que está gritando em silêncio.
Ignorar o que dói ou incomoda é o que nos deixa presos na montanha-russa entre êxtase e depressão. Não existe felicidade real onde há negação, entretanto, existe cura onde há presença amorosa e consciente.
Fazer amizade com a dor é o primeiro passo para transformá-la.
Reconhecer, acolher, aceitar, sentir com verdade.
Assumir a responsabilidade: sem culpa, mas com consciência.
A culpa paralisa. A responsabilidade cura.
A gente não precisa se culpar, mas sim se responsabilizar (é isso que alivia/satisfaz o Campo Sistêmico).
Esse processo é profundo, nem sempre é rápido, e não precisa ser solitário. Buscar apoio é parte do caminho. Às vezes, tudo o que a alma precisa é de um olhar amoroso, um colo onde ela possa chorar e ser ouvida de verdade.
Quando a dor é compreendida, a sede por estímulos diminui, e começamos a saborear algo que nunca dependeu do externo: a preciosa paz interior.
A verdadeira felicidade não está nos extremos, ela habita o centro, o tal do Caminho do Meio. Você pode chamar essa felicidade (essa paz) de Deus, de Amor, de Eu Sou… ou simplesmente reconhecer que ela sempre esteve aí, no centro do seu ser. No fundo, ela é apenas o retorno à sua essência verdadeira.
Que esse texto lhe inspire a acolher a dor (a sua dor, as dores da sua alma) com coragem, autoamor e presença.
Se tocou o seu coração, salva e compartilha!
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